Homenagens e Prêmios
Em Goiânia - GO
Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás
Biblioteca do Centro Cultural Oscar Niemeyer em Goiânia leva seu nome
Paulo Bertran Wirth Chaubub nasceu em Anápolis, Estado de Goiás, no dia 21 de outubro de 1948; era filho de Tufi Cecílio Chaibub e Maria Helena Wirth Chaibub. Para continuar seus estudos, primeiro ele foi morar em Goiânia e depois foi para o Distrito Federal, onde se formou em Economia pela Universidade de Brasília, com pós-graduações em História e Planejamento pela Universidade de Strasbourg – França. Os amigos garantem que Paulo também era um ótimo pianista. Ele era fazendeiro (criava gado curraleiro na fazenda do Assombrado) e especialista em construção de casas de barro. Aguerrido defensor do Cerrado, ele forjou a termo Homo Cerratensis, para designar as pessoas que vivem neste rico bioma e suas características únicas.
Na época de sua morte o historiador Paulo Bertran era casado com Maria das Graças Fleury Curado, com quem criou o Memorial das Idades do Brasil, em Brasília. Ela presidiu o Instituto Bertran Fleury, OSCIP criada em 2003, que mantém a página www.paulobertran.com.br. Paulo era pai de João Frederico, Maria Paula e André Gustavo Bertran.
O pesquisador foi diretor-geral do Instituto de Pesquisas e Estudos Geográficos do Brasil Central da Sociedade Goiana de Cultura e professor da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade Católica de Goiás, atual Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Paulo Bertran também integrou a Academia Brasiliense de Letras, a Academia de Letras e Artes do Planalto e era sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e dos IHG’s do Distrito Federal e de São Paulo. Ele era membro da Academia Paulistana de História e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Arte e Cultura (Unesco) e do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Paulo Bertran introduziu o conceito de Eco-História, contribuindo ativamente com a historiografia brasileira.
Com o seu conhecimento e o incansável trabalho de campo, Paulo Bertran foi o responsável e se desincumbiu de forma ímpar bem da histórica tarefa de justificar o dossiê, documento essencial para o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Este titulo foi muito comemorado pelo povo da Cidade de Goiás e representou um novo estímulo ao turismo, levando milhares de pessoas a visitar o belo conjunto arquitetônico, herdado dos tempos coloniais. Ele também ajudou a colocar a candidatura de Goiânia como Patrimônio Nacional, devido à riqueza de suas construções em Art Déco. Além das nossas fronteiras, o goiano/cerratense, foi o responsável pelo tombamento da cidade de Cáceres, no Mato Grosso.
Em 2002, Paulo Bertran redescobriu (a descoberta foi em 1871), a maior cidade de pedra do Brasil, na Serra dos Pireneus, localizada no município de Pirenópolis. O Monumento natural, com cerca de 500 hectares, abriga formações rochosas imponentes. O jornal O Popular de Goiânia -GO, fez reportagens sobre o local, tornando-o conhecido em todo o país e no mundo.
Paulo Bertran é autor de vários livros enfocando aspectos históricos de Goiás e do Planalto Central, que foram frutos de pesquisa criteriosa e dedicada. Dentre seus livros, podemos destacar: Formação Econômica de Goiás – 1979; Memória de Niquelândia – 1985: Uma Introdução à História Econômica do Centro-Oeste do Brasil – 1988 (Prêmio Literário do Instituto Nacional do Livro – INL – 1989); História da Terra e do Homem no Planalto Central – 1994 (Prêmio Clio de História da Academia Paulistana de História – 1995); Notícia Geral da Capitania de Goiás – 1997; História de Niquelândia – 2ª edição revista e ampliada – 1998 e Cerratenses – poesia – 1998; Cidade de Goiás – maio 2002. Seu último trabalho de pesquisa, a história de Palmeiras de Goiás, era um presente para comemorar o centenário da cidade.
O historiador Paulo Bertran Wirth Chaibub morreu no dia 2 de outubro de 2005, em Goiânia, vítima de parada cardiorrespiratória, aos 56 anos de idade. Como era seu desejo manifesto, seu corpo foi sepultado no Cemitério São Miguel, na cidade de Goiás, no jazigo da família Fleury.
Refletindo o sentimento do povo goiano, o governador Marconi Perillo fez ummanifesto lamentando a morte de Paulo Bertran: “Foi um dos escritores e historiadores mais importantes do século passado, um homem comprometido com a cultura. Paulo Bertran assumiu papel fundamental na elaboração da escritura da história de Goiás”.
Exposição Goiânia, Art Déco e Paulo Bertran
Exposição na Biblioteca da PUC Goiás
Homenagem dos artistas plásticos Rossana Jardim e Fernando Costa Filho
Três tripiticos pintados por Rossana Jardim, chamados:
“Vi Paulo Bertran Homem”
“Vi Paulo Bertran Natureza”
“Vi Paulo Bertran Mulher”
Fernando Costa Filho, outro pintor goiano, fez uma serigrafia em sua homenagem, colocando versos de um de seus poemas
Paulo segundo artistas goianos
Paulo Bertran foi retratado por alguns artistas plásticos goianos.
Abaixo temos uma pintura de Amaury Menezes que graciosamente o ofertou à D. Helena, mãe de Paulo Bertran. para ser colocado na casa onde ele passou parte de sua infância e adolescência, em Goiânia. Lá D. Maria Helena Wirth Chaibub, catalogou toda a obra de Paulo, expondo também objetos que pertenceram a ele ou à família., Infelizmente após a morte dela, esse espaço chamado Casa de Paulo Bertran foi desativada
Prêmio Altamiro de Moura Pacheco – Comenda Araguaia da Assembléia Legislativa de Goiás, 2011